terça-feira, fevereiro 26, 2008

Pesca

Hoje começo a re-publicar antigos textos, na maioria memórias, que em tempos tive num outro blog, que entretanto abandonei. Este é de Fevereiro de 2006...

Ainda me lembro...
Naquele dia ia à pesca. Na mão esquerda um balde cheio de minhocas, na direita tinha uma cana. A cana, o fiel amigo do pescador de esgoto, é também, para muitos, um pau para bater nos maus. Para mim não! a cana é uma cena que os gigantes do mar usavam para tirar alcagoitas do nariz.
Bom, ia eu lançado a cantarolar um fadinho, quando por detrás de uma rocha saltaram 8 ninjas. Eu tipo, fiz que não era nada comigo! Vai de lá um deles diz assim: Oi tu passa para cá isso! e eu ai men tipo vergo-lhes um bico no meio da cara e o gajo ai ai ai e tipo os outros sete ninjas começaram a mandar-me estrelas de ninjas e espadadas! eu tipo zás mandeis um bico numa pedra q vou bué alto tipo perto das gaivotas e desceu a pico e caiu na cabeça deles todos. Mas depois veio um gajo que julgava que era o Rambo e eu tipo pensas que és o Rambo ou que? e ele Ya! e eu fónix! E ele Zuca! eu tipo cravo-lhe com um acordeão no meio da boca que ficou a vomitar fininho! tipo depois peguei numa cena e fui logo.

sábado, fevereiro 23, 2008

Quem não se lembra dos marretas…

Quando era pequenina tínhamos este disco de vinil e eu tinha medo desta música!
A voz grossa do boneco, nas colunas do gira-discos da sala, era arrepiante.

Manah Manah



The question is: what is a manah manah?
The question is: who cares?
Ahahahah!!!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

...

Está quase a fazer seis anos que começámos a namorar.
Lembras-te como era no início? Escrevíamos cartas, passávamos horas ao telefone, passávamos o dia a mandar sms's um ao outro. Depois, quando vim para Lisboa, não passávamos um dia sem nos vermos. Lembro-me que estava sempre fazer tudo de maneira a poder estar contigo o máximo de tempo.
Agora...
Às vezes penso nisso. Agora já não "perdemos" horas ao telefone, agora já não ganhamos marcas nos dedos de tanto teclar no telemóvel, já não escrevemos cartas um ao outro e já chegámos a passar mais de um dia seguido sem nos vermos.
Continuo a gostar de ti, cada vez mais. Infelizmente na altura não soube apreciar como devia e agora passo o tempo a "chorar" por esses momentos. Acreditamos que é "por um bem maior", que é pelo nosso futuro, que hoje estamos a sacrificar tempo pela escola, tempo por isto, tempo por aquilo, que temos que ter calma, que com determinação, sapiência e trabalho, melhores dias virão - porque o amor nunca morre. O amor nunca morre, o nosso nunca... modifica-se, cresce, aprofunda-se, mas o nosso amor nunca morrerá.
Agora que passaram seis anos, que tu já acabaste (e bem) o teu curso, que eu acabei o meu, agora que as verdadeiras provações começaram (e é previsível que aumentem) sinto ainda mais falta desses momentos... o que eu não dava para voltar atrás. O que eu não dava para acordar cedo, ir buscar-te ao comboio cedinho, irmos tomar o pequeno-almoço juntos, conversarmos, planearmos estes dias que agora abomino, cheirar o teu pescoço as vezes que quisesse, passearmos, em Belém, na Baixa, em qualquer lado... sim os tempos passam e o que lá vai, lá vai, mas, sabendo que tenho poucos argumentos lógicos, já estou farto. Eu queria que estivesses aqui, eu queria passar a ver-te sempre, eu queria poder dar-te beijinhos todos os dias.
Se quiseres, é só pedires, eu desisto do que quiseres e fazemos como quiseres, se isso significar estar mais tempo contigo. Mando a P-G às urtigas, mando o futuro que planeamos às silvas... quero lá saber! Queria era estar contigo mais tempo. De que me serve o melhor futuro do mundo, se depois fico a pensar que não aproveitamos os nossos melhores dias, juntos? Claro, os mais cépticos, os mais realistas (não é romantismo) e tu, dirás: mas é preciso dinheiro para se viver - de nada nos serve o maior amor do mundo, se não tivermos como nos alimentar. Sim é tudo verdade. Mas há maneiras e maneiras de conseguirmos o dinheiro. Nem todos podem ser investigadores ou engenheiras. O meu sonho, o meu sonho de verdade, é estar contigo. Se estou a fazer um trabalho que me preencha, tanto melhor, se não... que se lixe. Eu penso em ti e se suporto a maioria das coisas, é porque sei que assim és mais feliz. Mas a verdadinha é que por mim colocava duas hipóteses em cima da mesa:

1) Fugir - parece o ideal romântico expresso em 200 mil livros, mas já me pareceu mais improvável e mais inaceitável. Não sei para onde íamos, nem com que dinheiro íamos viver, mas parece-me uma hipótese. Claro que tínhamos de planear bem as coisas - também não sou assim tão estúpido. A nossa família ia sofrer e isso é o maior problema;
2) Definir - definíamos um lugar e só mandávamos o nosso currículo para lá. Se não conseguíssemos fazer o trabalho dos nossos sonhos, fazíamos outra porcaria qualquer.

Mas valia isso. Só queria era estar mais tempo contigo.