terça-feira, agosto 22, 2006

No Rio (ria)


«The river to the ocean goes,
A fortune for the undertow.
None of this is going my way.
There is nothing left to throw
Of Ginger, lemon, indigo,
Coriander stem and rose of hay.
Strength and courage overrides
The privileged and weary eyes
River poet search naivete.
Pick up here and chase the ride.
The river empties to the tide.
All of this is coming your way. » (Excerto da música "Find the River" dos album "Automatic for the people" de R.E.M.)

Quando olhamos da direcção do passado à imagens que brilham mais que outras, que se multiplicam e ocupam os espaços das menos importantes, das mais desagradaveis. Imagens que foram de noite mas na nossa cabeça são claras como dia.
Assim deixo aqui um videoclip da mesma banda e do mesmo album acima referidos que são, para mim muito bonitos e muito mais...

terça-feira, agosto 15, 2006

Há muito



















Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa

de Sophia de Mello Breyner Andersen

segunda-feira, agosto 14, 2006

O prometido é devido


Ribulose-1,5-difosfato-carboxilase-oxigenase, mais vulgarmente conhecida por RuBisCo, é considerada por muitos como a mais importante proteína da Terra e também a mais abundante.
Esta molécula está presente em todos os organismos fotossintéticos, desde a mais simples e rudimentar bactéria fotossintética até à mais alta das árvores, passando pelas algas e por qualquer plantinha herbácea que pisamos indiferentemente, como a relva dum jardim. Representa normalmente mais de 50% da proteína das folhas das plantas superiores e, graças a ela, as plantas terrestres fixam cerca de 50000000000000 kg de carbono. Podemos dizer que por cada pessoa do nosso planeta existem cerca de 10 kg desta proteína nas plantas terrestres.
A RuBisCo é uma proteína bifuncional, ou seja, tal como o seu nome indica, ela catalisa duas reacções, a fixação de dióxido de carbono (CO2) e a fixação de oxigénio (O2). A fixação de CO2, ou a carboxilação, é vital para a fotossíntese e é inibida pela presença de O2, por outro lado, a fixação de O2 favorece a fotorrespiração e é inibida pela presença de CO2. Esta incompatibilidade das duas reacções resulta do facto de ambas ocorrerem no mesmo centro activo da proteína, pelo qual, tanto o CO2 como o O2 irão assim competir.Por tudo isto, poder-se-á afirmar que todos os organismos terrestres dependem directamente ou indirectamente da RuBisCo. Os seres autotróficos utilizam-na para produzir os compostos orgânicos energéticos que necessitam e os seres heterotróficos obtêm estes compostos produzidos pelos autotróficos.

domingo, agosto 13, 2006

Atlântico



















Mar
Metade da minha alma é feita de maresia

de Sophia de Mello Breyner Andresen